Uma pilha de livros
Estamos a chegar ao fim de 2021. Comecei ontem a ler aquele que será o meu último livro ainda este ano e achei que era hora de os juntar a todos para uma fotografia de grupo. Verifico que faltam alguns, entretanto emprestados e que portanto não puderam ficar contemplados na foto.
Há um ano, seguindo uma sugestão da autora de um blog de que gosto muito - Livros para adiar o Fim do Mundo - escolhi uma quantidade de livros que há muito aguardavam a sua vez de serem lidos, aparentemente esquecidos nas estantes, escrevi os títulos em tirinhas de papel, dobrei-as e meti-as dentro de um pote. Iriam ser lidos, à medida que fossem saindo do pote, como acontece naqueles sorteios das equipas de futebol. Isto para ser levado a sério, sem batotas, nem truques. O que saísse seria o que iria ser lido.
Mas, como resistir aos novos livros que iam saindo e que ia comprando, aos que me foram oferecidos, ou que recebia por correio enviados por algum alfarrabista? Era impossível resistir, pelo que criei um segundo pote com as "novidades". A partir desse momento, os nomes eram retirados alternadamente ora do primeiro pote, ora do segundo.
No final, agora que iniciei o livro "Por este Mundo Acima" que comprei na Feira do Livro deste ano, é esta a lista completa dos livros lidos em 2021:
- "Bela" de Ana Cristina Silva
- "A Cidade das Flores" de Augusto Abelaira
- "Uma Bomba a iluminar a Noite do Marão" de Daniela Costa
- "Caderno de Memórias Coloniais" de Isabela Figueiredo
- "Um Postal de Detroit" de João Ricardo Pedro
- "Palavras em Tempos de Crise" de Luís Sepulveda
- "Homossexualidade e Resistência no Estado Novo" de Raquel Afonso
- "Histórias Daqui e Dali" de Luis Sepulveda
- "Margarita e o Mestre" de Mikail Bulgakov
- "Da Meia Noite às Seis" de Patrícia Reis
- "Filhos e Amantes" de D. H. Lawrence
- "Mulheres da minha Alma" de Isabel Allende
- "A Rapariga de Auschwitz" de Eva Schloss
- "Rua de Paris em Dia de Chuva" de Isabel Rio Novo
- "Casa da Malta" de Fernando Namora
- "Almoço de Domingo" de José Luís Peixoto
- "A Geração da Utopia" de Pepetela
- "Eliete" de Dulce Maria Cardoso
- "Ao Cair da Noite" de Michael Cunningham
- "O Vício dos Livros" de Afonso Cruz
- "Seis Ruas" de Márcia Lima Soares
- "O País do Carnaval" de Jorge Amado
- "D. Casmurro" de Machado de Assis
- "Apenas Miúdos" de Patti Smith
- "As Boas Intenções" de Augusto Abelaira
- "Por este Mundo Acima" de Patrícia Reis
Foram 15 livros de autores portugueses, 11 de autores estrangeiros, mas todos foram lidos na língua portuguesa. 12 homens e 11 mulheres que me permitiram horas e horas de prazer, reflexão e companhia. Repeti Abelaira, Sepulveda e Patricia Reis de que li dois livros de cada ao longo deste ano.
Sobre todos escrevi aqui no blog. Não é por acaso que se chama Lendo e Escrevendo. Também desenhei, mas quando desenhei não li e quando li não desenhei. Não é fácil conciliar duas paixões que são muito exigentes, que exigem concentração, dedicação e exclusividade.
Claro que os potes ainda têm muitas tiras de papel com títulos que não cheguei a ler, por o tempo não dar para mais. Assim, já tenho os potes prontos para 2022.
Oxalá 2022 seja tão frutuoso em leituras como foi 2021.