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Lendo e escrevendo

Lendo e escrevendo

Um Cão no Meio do Caminho, Isabela Figueiredo

26.11.24, Almerinda
  “Um Cão no Meio do Caminho”, Isabela Figueiredo, 2022 A escrita de Isabela Figueiredo não me desilude. Depois de “A Gorda” e de “Caderno de Memórias Coloniais”, este, que é o mais recente romance da autora, tem a fluidez e a sinceridade de um romance do quotidiano, das pessoas concretas e nem sempre visibilizadas. Logo a começar o romance, a autora aguça o interesse para a leitura do que virá a seguir: “Quando conheci a minha vizinha do lado a minha vida mudou” (...)

Tanta Gente, Mariana - Maria Judite de Carvalho

31.03.24, Almerinda
“Tanta Gente, Mariana”, Maria Judite de Carvalho, 1959  Maria Judite de Carvalho é, em minha opinião, uma das grandes escritoras do século XX. Já li vários romances e contos dela e voltei à leitura de “Tanta Gente, Mariana”, depois de este título ter sido escolhido pelo Círculo de Leitura da UNISSEIXAL. Esta obra é a mais conhecida da autora e considerada a mais autobiográfica, na medida em que se aproxima muito da vida da autora que ficou órfã aos 7 anos e foi (...)

Memória de Elefante, António Lobo Antunes

29.08.23, Almerinda
Memória de Elefante, António Lobo Antunes, 1979 Um dos muitos livros que pensei que ainda não tinha lido, mas a verdade é que o folheio e descubro anotações, marcas de leitura antiga. A memória apagou-se; não tenho memória de elefante… mas reparo que, quer as anotações, quer os sublinhados não passaram um quarto do livro, pelo que não o devo ter concluído na altura. Na badana desta edição do Círculo de Leitores, leio que este foi o primeiro romance de António Lobo Antunes. (...)

Eliete - A Vida Normal

03.09.21, Almerinda
Eliete – A Vida Normal, Dulce Maria Cardoso, 2018 “Todas as famílias, as felizes e as infelizes, tinham segredos, todas as famílias sabiam que a verdade devia ser desprezada como qualquer outra minudência que amesquinhe a vida”. (pág. 226). Esta citação é, quanto a mim, a chave deste “Eliete - A Vida Normal” (I Parte). Um livro “circular” em que as pontas da última e da primeira páginas se ligam, nos abanam e nos deixam na ansiedade duma Eliete Parte II, que se (...)

Para Sempre, Vergílio Ferreira

29.12.20, Almerinda
Depois de “Cartas a Sandra”, tinha de reler “Para Sempre”, um livro que comprei e li nos anos 80 do século passado. Logo no primeiro capítulo, Paulo a regressar à aldeia natal, referências a Sandra, à montanha e às tias Luísa e Joana. “Já vieste, Paulinho? Sim. Para sempre. Aqui estou.” Chegado à casa vazia, fechada há muito, Paulo vem “tomar posse do seu destino final”. O calor é abrasador e as memórias vão surgindo como fantasmas, à medida que vai abrindo (...)

Cartas a Sandra, Vergílio Ferreira

01.12.20, Almerinda
Cartas a Sandra, Vergílio Ferreira, 1996 Este foi o último livro escrito por Vergílio Ferreira. Abruptamente interrompido. Dez cartas dirigidas à mulher amada, já morta, tendo a última ficado incompleta, porque o autor faleceu no momento em que a escrevia. A publicação de “Cartas a Sandra” é da inteira responsabilidade da filha que escreve uma apresentação a anteceder o romance. Entre várias pastas com escritos do pai, as dez cartas – “um projecto mutilado”– que (...)

As Palavras Poupadas, Maria Judite de Carvalho

22.04.19, Almerinda
  As Palavras Poupadas, Maria Judite de Carvalho, 1961 É impossível ficar indiferente à escrita de Maria Judite de Carvalho. Li alguns livros (crónicas e romances) dela nos anos 80 e mais tarde ainda um outro romance. Senti necessidade de a revisitar e ler mais, para confirmar o tom melancólico, mas sereno que eles me tinham deixado como marca. Confirmei a grande, enorme escritora da literatura portuguesa do século XX, injustamente pouco referenciada. Há uma mágoa na sua escrita (...)

Os Idólatras, Maria Judite de Carvalho

17.04.19, Almerinda
  Os Idólatras, Maria Judite de Carvalho, 1969 Sobre “Os Idólatras” escreveu Urbano Tavares Rodrigues numa nota biobibliográfica que esta foi a “sua única e excelente aventura no fantástico e na ficção científica”. Já Baptista Bastos no prefácio de “A Janela Roubada” intiulado «Maria Judite de Carvalho: uma ternura magoada» diz de “Os Idólatras” “lamentavelmente incompreendido por aparentemente inesperado”.  “Os Idólatras” é constituído por 13 (...)