Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Lendo e escrevendo

Lendo e escrevendo

Monólogo de uma Mulher chamada Maria com a sua Patroa, Sara Barros Leitão

27.12.24, Almerinda
  Monólogo de uma Mulher Chamada Maria com a sua Patroa, Sara Barros Leitão, 2021 “Monólogo de uma Mulher Chamada Maria com a sua Patroa” é o texto dramatúrgico que deu origem ao espectáculo homónimo, produzido pela estrutura artística Cassandra. Na badana da edição da Imprensa da Universidade de Coimbra pode ler-se: “Monólogo de uma Mulher Chamada Maria com a sua Patroa” é um título roubado clandestinamente a um texto do livro “Novas Cartas Portuguesas” que dá (...)

Outrora e Outros Tempos, Olga Tokarczuk

06.05.24, Almerinda
  “Outrora e outros Tempos”, Olga Tokarczuk, 1992 Este é o primeiro romance escrito pela autora polaca e o terceiro que leio dela, depois de “Viagens” e “Conduz o Arado sobre os Ossos dos Mortos”. Mal entrei na leitura de “Outrora e outros Tempos”, logo me lembrei de “Viagens” e da sua estrutura fragmentária, que obriga o leitor a um exercício de concentração e memorização que a minha leitura que se prolongou no tempo, por vezes dificultou. Mas, mais uma vez, o (...)

Tanta Gente, Mariana - Maria Judite de Carvalho

31.03.24, Almerinda
“Tanta Gente, Mariana”, Maria Judite de Carvalho, 1959  Maria Judite de Carvalho é, em minha opinião, uma das grandes escritoras do século XX. Já li vários romances e contos dela e voltei à leitura de “Tanta Gente, Mariana”, depois de este título ter sido escolhido pelo Círculo de Leitura da UNISSEIXAL. Esta obra é a mais conhecida da autora e considerada a mais autobiográfica, na medida em que se aproxima muito da vida da autora que ficou órfã aos 7 anos e foi (...)

Paula Rego - a Luz e a Sombra Uma Forma de Olhar , Cristina Carvalho

28.03.24, Almerinda
“Paula Rego – A Luz e a Sombra Uma Forma de Olhar”, Cristina Carvalho, 2023 Quando lemos os romances biográficos de Cristina Carvalho, sempre sentimos a estreita ligação afectiva entre a narradora e o biografado ou a biografada e às vezes perguntamo-nos se o que estamos a ler se refere à narradora ou à pessoa que é objecto do romance biográfico. É essa profunda ligação e a liberdade que é dada ao leitor, um dos grandes fascínios da escrita de Cristina Carvalho. Ao longo (...)

As meninas proibidas de Cabul. Jenny Nordberg

31.12.23, Almerinda
“As Meninas Proibidas de Cabul”, Jenny Nordberg, 2014 Jenny Nordberg, jornalista sueca premiada, conhecida pelos seus trabalhos de investigação, escreveu este seu “As Meninas proibidas de Cabul” entre 2009 e 2014, que ela classifica logo a abrir como “um relato subjectivo”. Com o subtítulo “A tradição secreta de resistência e luta das meninas afegãs”, este trabalho foi considerado Livro do Ano pela Publishers Weekly. Neste meu texto sobre o livro, faço-o recordando (...)

Os Anos, Annie Ernaux

03.12.22, Almerinda
  “Os Anos”, Annie Ernaux, 2008   De repente, descobre-se um nome novo, alguém que ganhou o prémio Nobel da Literatura e nem sempre as livrarias estão preparadas. Não foi o caso este ano. Pelo menos encontrei três títulos diferentes de obras de Annie Ernaux, todos traduzidos em português por Maria Etelvina Santos e quando me questionei por qual deveria começar, sugeriram-me que começasse por “Os Anos”. E assim foi. Uma bela descoberta. Gostaria de começar este meu (...)

A senhora da fotografia

08.03.22, Almerinda
A senhora da fotografia Hoje, ao olhar para a primeira página do Público, percebi que estava naquela fotografia a minha Notícia do Dia para o SPGL. Era óbvio. A guerra e os seus efeitos na vida das mulheres. É o 8 de Março, Dia Internacional das Mulheres. Em muitos sítios, muitas empresas e instituições lembram-se de oferecer neste diagerberas e outras flores às mulheres, para lhes dizer que pensam nelas, que gostam muito delas, que as respeitam… bla, bla, bla. Sempre achei (...)

Natasha

27.02.22, Almerinda
Natasha. Natalya. Estive com a Natasha, dois dias antes de ela fazer 42 anos. Na altura ela disse-me que estava em Portugal há 21 anos, precisamente metade da sua vida tinha-a passado aqui.   Nestes 21 anos casou, teve dois filhos – um rapaz e uma rapariga – divorciou-se depois de ter vivido uma situação grave de violência doméstica, sobreviveu, criou o seu próprio negócio depois de o patrão ter encerrado o salão de cabeleireiro, sobreviveu a uma pandemia que a obrigou-a a (...)

A Guerra não tem Rosto de Mulher, Svetlana Alexievich

21.02.22, Almerinda
“A Guerra não tem Rosto de Mulher”, Svetlana Alexievich, 2013   Enquanto fui lendo este livro, fui acompanhando pela comunicação social o aumento preocupante do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Sabendo nós o que os órgãos de comunicação social nos querem fazer crer, com encontros entre líderes, declarações solenes de parte a parte, retiradas estratégicas, receios de provocações, a verdade é que no dia em que terminei o livro, parece que o conflito está cada vez (...)

O Alegre Canto da Perdiz

21.10.21, Almerinda
Trago hoje aqui um texto que escrevi sobre "O Alegre Canto da Perdiz" de Paulina Chiziane, cuja obra foi agora justamente reconhecida com o Prémio Camões.   O Alegre Canto da Perdiz, Paulina Chiziane, 2008 Vinda do Gilé, um dos distritos da Zambézia, província do centro de Moçambique, os meus dedos agarraram por acaso, na estante da casa em Maputo da minha amiga Zita, este livro de Paulina Chiziane. Autora que já conhecia de outros livros, ao começar a leitura de “O Alegre (...)