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Lendo e escrevendo

Lendo e escrevendo

Terra Sonâmbula, Mia Couto, 1992

05.07.22, Almerinda
(Para assinalar o dia do aniversário de Mia Couto, mais um texto da série leituras pré blogue) “Terra Sonâmbula”, Mia Couto, 1992 “Terra Sonâmbula” é o primeiro romance de Mia Couto. É um livro belo, difícil, singular. A linguagem poética característica dos livros de Mia Couto é surpreendente e recria o português com a singularidade da oralidade moçambicana. Um romance carregado de poesia. Dá vontade de fazer um glossário com palavras e expressões que nos (...)

Vozes Anoitecidas, Mia Couto

23.06.22, Almerinda
(da série leituras pré blogue) Vozes Anoitecidas, Mia Couto, 1986Não por Mia Couto ter recentemente sido galardoado com o Prémio Camões, mas porque estive recentemente em Moçambique, no distrito do Gilé, província da Zambézia, senti uma enorme necessidade de reler o livro com que há já muitos anos atrás me estreara no contacto com este autor moçambicano.Queria confrontar a ideia da estranheza de certas personagens, dos feitiços, dos encantamentos, isto é, de um outro mundo (...)

O Alegre Canto da Perdiz

21.10.21, Almerinda
Trago hoje aqui um texto que escrevi sobre "O Alegre Canto da Perdiz" de Paulina Chiziane, cuja obra foi agora justamente reconhecida com o Prémio Camões.   O Alegre Canto da Perdiz, Paulina Chiziane, 2008 Vinda do Gilé, um dos distritos da Zambézia, província do centro de Moçambique, os meus dedos agarraram por acaso, na estante da casa em Maputo da minha amiga Zita, este livro de Paulina Chiziane. Autora que já conhecia de outros livros, ao começar a leitura de “O Alegre (...)

Caderno de Memórias Coloniais, Isabela Figueiredo

13.03.21, Almerinda
“Caderno de Memórias Coloniais”, Isabela Figueiredo, 2009 Um livro sem rodriguinhos, em que a narradora recorda a sua infância vivida em Moçambique até aos 13 anos e os seus primeiros tempos em Portugal, então já como retornada. Organizado em capítulos, alguns bastante breves e sincopados, são como flashes, diapositivos do colonialismo e da vida colonial. As personagens centrais deste “Caderno de Memórias Coloniais” são o pai da narradora (uma menina branca) e a própria (...)

Na bagagem.

31.07.20, Almerinda
É certo e sabido, levo sempre mais roupa e mais livros do que aqueles que vou usar ou ler... mas prefiro jogar pelo seguro. Não esqueço aquele mês em Moçambique em que levei apenas um livro de Richard Zimler. A Sentinela  ou seria Os Anagramas de Varsóvia?  E depois a ânsia de chegar ao aeroporto de Nampula para comprar um livro para a viagem! Livros , nada. Só em casa da Zita em Maputo onde (...)

Isabel Menina Mulher

24.08.19, Almerinda
Em 2013 estive cerca de um mês no Gilé, Zambézia, Moçambique. Uma experiência difícil de esquecer. Mulheres guerreiras, trabalhadoras infatigáveis, sofredoras, marcadas pela sua condição de mulheres para serem o sustentáculo da família e da sociedade. Precocemente envelhecidas por gravidezes sucessivas, com jornadas de trabalho imensas e rotineiras marcadas pela tarefa inadiável de ir buscar água ao poço mais próximo... aguardar horas na fila para poder encher o bidon de (...)