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Lendo e escrevendo

Lendo e escrevendo

Maratona de Leitura

30.06.24, Almerinda
"Manual de Pintura e Caligrafia", José Saramago, 1977 Ontem foi maratona de leitura. Uma experiência única, inesquecível. 9 horas a ler, sem pausas, dezenas de leitores e leitoras quiseram assim celebrar o 17º aniversário da Fundação José Saramago com a leitura do segundo romance deste autor. Em tempos emprestei este livro, que nunca tinha lido. Ontem, as horas foram passando e as cerca de trezentas páginas foram partilhadas, lidas, ouvidas. Diferentes sotaques de um mesmo (...)

Levantado do Chão, José Saramago

08.10.23, Almerinda
“Levantado do Chão”, José Saramago, 1980 Este foi dos primeiros livros que li de José Saramago, há bastantes anos e numa altura em que não costumava fazer pequenos textos sobre as minhas leituras. Agora, que estou em vésperas de participar no Roteiro “Levantado do Chão” promovido pela Fundação José Saramago senti necessidade de reler esta obra que, na altura, me provocou uma grande emoção, não só pela forma como o Alentejo é retratado, mas também pelas semelhanças (...)

As Pequenas Memórias, José Saramago

09.10.22, Almerinda
“As Pequenas Memórias”, José Saramago, 2006  Há alguns anos que não leio nada de José Saramago, o que significa que quebrei o meu compromisso de ler um livro deste autor todos os anos, para ver se consigo ler toda a sua vasta obra. Assim, peguei n’ ”As Pequenas Memórias”, numa edição da Caminho de 2006, para me redimir do atraso. Começa com a sua Azinhaga, quando menino. Mas rapidamente as memórias de infância levam-nos a Lisboa, para onde a família foi viver na (...)

Memorial do Convento, 1982

16.09.22, Almerinda
Esta é uma memória com 8 anos e, portanto, anterior ao meu blog e por isso, hoje publico-a aqui pela primeira vez.  Ainda estou em estado de graça! Memorial do Convento, José Saramago, 1982Escrever, fazer uma apreciação sobre uma obra de Saramago é uma imensa responsabilidade e desafio. Não por ele ser o Nobel português (mais que merecido), mas porque Saramago escreve incrivelmente bem, nos surpreende pela forma como escreve e pela forma como nos convoca a olhar para a vida, (...)

"Se isto é um Homem"

27.01.22, Almerinda
Hoje, no Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, publico um texto que escrevi em 2013, após a leitura deste livro de Primo Levi. “Se Isto é um Homem”, Primo Levi, 1958 Entre Dezembro de 1945 e Janeiro de 1947, Primo Levi escreveu o seu “Se isto é um Homem”. É o registo, a memória da sua experiência de recluso entre o dia 13 de Dezembro de 1943, então com 24 anos, altura em que foi capturado pela milícia fascista em Itália e depois deportado para (...)

Viagem a Portugal, José Saramago

18.12.21, Almerinda
  O Viajante volta já "A viagem acabou.  Não é verdade. A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: «Não há mais que ver», sabia que não era assim. O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com (...)

Autobiografia

02.02.20, Almerinda
Autobiografia, José Luís Peixoto, 2019 Na dedicatória escrita no meu livro pelo autor, está resumida a essência deste livro que acabei de ler: “Para a Almerinda, estas páginas, como um espelho que reflete em muitas direções”. Só à medida que se vai avançando na leitura se percebe o sentido da dedicatória, a capa – um amontoado de papéis cortados e onde surgem separadas as letras que constituem o título do romance: AUTOBIOGRAFIA e o próprio título escolhido pelo autor. Es (...)

Ensaio sobre a Cegueira

31.01.20, Almerinda
Recordando o que escrevi há uns anos, quando li este livro de José Saramago. Nem a propósito, o surgimento da epidemia com origem na China ocorreu quando lia "Autobiografia" de José Luís Peixoto.   Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago, 1995 Um livro intenso, que só podia ter sido escrito por uma pessoa muito reflexiva e preocupada com a condição humana. Dedicado a Pilar e à filha Violante, José Saramago reflecte neste romance o amor e respeito que dedica às mulheres (...)

O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago

14.08.19, Almerinda
Recordando um maravilhoso livro que li nas férias de Verão, há 3 anos. “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, José Saramago, 1984 Uma das minhas leituras de férias e mais um dos livros de José Saramago já há algum tempo à espera de chegar a sua vez. Como sempre, fascinante, denso, com incursões inesperadas a propósito de tudo e de nada, desde expressões da nossa linguagem do dia-a-dia, até deambulações sobre a vida, a morte, o ser, o existir, o sonho… sobretudo nos (...)