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Lendo e escrevendo

Lendo e escrevendo

As Pequenas Memórias, José Saramago

09.10.22, Almerinda
“As Pequenas Memórias”, José Saramago, 2006  Há alguns anos que não leio nada de José Saramago, o que significa que quebrei o meu compromisso de ler um livro deste autor todos os anos, para ver se consigo ler toda a sua vasta obra. Assim, peguei n’ ”As Pequenas Memórias”, numa edição da Caminho de 2006, para me redimir do atraso. Começa com a sua Azinhaga, quando menino. Mas rapidamente as memórias de infância levam-nos a Lisboa, para onde a família foi viver na (...)

Memorial do Convento, 1982

16.09.22, Almerinda
Esta é uma memória com 8 anos e, portanto, anterior ao meu blog e por isso, hoje publico-a aqui pela primeira vez.  Ainda estou em estado de graça! Memorial do Convento, José Saramago, 1982Escrever, fazer uma apreciação sobre uma obra de Saramago é uma imensa responsabilidade e desafio. Não por ele ser o Nobel português (mais que merecido), mas porque Saramago escreve incrivelmente bem, nos surpreende pela forma como escreve e pela forma como nos convoca a olhar para a vida, (...)

"Se isto é um Homem"

27.01.22, Almerinda
Hoje, no Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, publico um texto que escrevi em 2013, após a leitura deste livro de Primo Levi. “Se Isto é um Homem”, Primo Levi, 1958 Entre Dezembro de 1945 e Janeiro de 1947, Primo Levi escreveu o seu “Se isto é um Homem”. É o registo, a memória da sua experiência de recluso entre o dia 13 de Dezembro de 1943, então com 24 anos, altura em que foi capturado pela milícia fascista em Itália e depois deportado para (...)

Viagem a Portugal, José Saramago

18.12.21, Almerinda
  O Viajante volta já "A viagem acabou.  Não é verdade. A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o viajante se sentou na areia da praia e disse: «Não há mais que ver», sabia que não era assim. O fim duma viagem é apenas o começo doutra. É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na Primavera o que se vira no Verão, ver de dia o que se viu de noite, com (...)

Autobiografia

02.02.20, Almerinda
Autobiografia, José Luís Peixoto, 2019 Na dedicatória escrita no meu livro pelo autor, está resumida a essência deste livro que acabei de ler: “Para a Almerinda, estas páginas, como um espelho que reflete em muitas direções”. Só à medida que se vai avançando na leitura se percebe o sentido da dedicatória, a capa – um amontoado de papéis cortados e onde surgem separadas as letras que constituem o título do romance: AUTOBIOGRAFIA e o próprio título escolhido pelo autor. Es (...)

Ensaio sobre a Cegueira

31.01.20, Almerinda
Recordando o que escrevi há uns anos, quando li este livro de José Saramago. Nem a propósito, o surgimento da epidemia com origem na China ocorreu quando lia "Autobiografia" de José Luís Peixoto.   Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago, 1995 Um livro intenso, que só podia ter sido escrito por uma pessoa muito reflexiva e preocupada com a condição humana. Dedicado a Pilar e à filha Violante, José Saramago reflecte neste romance o amor e respeito que dedica às mulheres (...)

O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago

14.08.19, Almerinda
Recordando um maravilhoso livro que li nas férias de Verão, há 3 anos. “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, José Saramago, 1984 Uma das minhas leituras de férias e mais um dos livros de José Saramago já há algum tempo à espera de chegar a sua vez. Como sempre, fascinante, denso, com incursões inesperadas a propósito de tudo e de nada, desde expressões da nossa linguagem do dia-a-dia, até deambulações sobre a vida, a morte, o ser, o existir, o sonho… sobretudo nos (...)