Quem adivinha o que ando a ler?
Quando começo um livro, vou com ele até ao fim, sem interrupções e sem leituras paralelas. Se o livro não me interessa, não me diz nada, não me prende, acabo por o deixar de parte e com a sensação que dificilmente lhe voltarei a pegar e portanto nunca chegarei a descobrir o que eventualmente ainda poderia dar-me ou dizer-me.
Hoje, sem grandes motivos, para além de ter estado num clube de leitura com a presença de um autor convidado, larguei o livro que andava a ler e comecei um novo livro. Sem grandes motivos? Não é bem assim. Já antes tinha lido um livro escrito por ele, um daqueles livros que têm o condão de nos agarrar. Para mais, fui para a sessão com o livro debaixo do braço e, enquanto o grosso dos viajantes no comboio estavam agarrados aos seus smartphones, eu decidi abrir o livro para ver o que as primeiras páginas me diriam... mas não queria mais do que isso, porque queria ser fiel ao livro que tinha deixado em casa.
Ai! Já estou a chegar à página 50 e agora vai ser difícil parar. Parece que "Essa Gente" vai ter de esperar. Desculpa Chico Buarque.