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Lendo e escrevendo

Lendo e escrevendo

Não esquecer Rana Plaza

24.04.19, Almerinda

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Hoje fiquei chocada quando, ao ir às memórias deste dia na minha página do facebook, percebi que esta imagem estava censurada com a indicação de ser uma imagem com "conteúdo gráfico ou violento" e portanto o "livro dos rostos" decidiu por mim e censurou-a.

Chocante, de facto. O rosto do capitalismo é chocante e nem precisamos de falar em capitalismo selvagem porque selvagem é uma redundância. O capitalismo é selvagem, PONTO!

Há seis anos, em Rana Plaza no Bangladesh, morreram mais de 1100 trabalhadores e trabalhadoras e os feridos foram mais de 2500, alguns com sequelas persistentes para o resto das suas vidas. Eram sobretudo mulheres de diversas fábricas de confecções que fornecem roupa para a H&M, Benetton, Mango, Zara e outras tantas lojas em todo o mundo. Apesar dos avisos de que o edifício apresentava sinais preocupantes de risco de colapso, as trabalhadoras/es foram forçadas a trabalhar com risco de serem despedidas/os.

Durante anos, activistas, sindicalistas e vítimas desta tragédia fizeram acções na rua, levaram as empresas responsáveis a tribunal, exigiram que os seus direitos fossem minimamente acautelados, já que os mortos nunca mais poderiam ver as suas vidas repostas. O capitalismo mata e não tem remorsos.
Neste dia, a Marcha Mundial das Mulheres, em todo o mundo recorda as vítimas de Rana Plaza através das 24 Horas de Solidariedade Feminista. Recordo, através de fotografias, a iniciativa de denúncia feita pela MMM - PT em 2015 na Rua do Carmo e no Chiado em Lisboa.

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