Dublin - 6
Dublin -6
E aqui chegámos ao quinto e último dia em Dublin, também o dia de anos da Guiomar. Vai ser Dublin só de manhã porque temos o transfer logo às 15:15, para uma viagem que parte do aeroporto às 18:45.
Hoje está um tempo bonito de sol. Começámos pela maravilhosa Catedral de St. Patrick, precedida de uma volta pelo parque adjacente de St. Patrick. A catedral é linda e tem mais de seiscentas pessoas sepultadas no seu interior e no exterior. Logo à entrada , o local onde Jonathan Swift o autor de As Viagens de Gulliver que foi deão desta catedral e a sua amada Stella estão sepultados. Esta catedral nacional da Irlanda deve o seu nome a St. Patrick que aí perto baptizou pagãos em finais do século XII. Os restauros a que foi sujeita no século XIX foram-no com os fundos da família Guiness. Não tem imagens de santos, mas tem efígies de irlandeses famosos. Handel praticou no órgão desta catedral , antes da primeira apresentação pública de Massiah, em 1742. Além dos vitrais muito bonitos, o chão está coberto de mosaicos com padrões muito coloridos e tem várias capelas , havendo numa delas uma “Árvore da Vida” onde os visitantes são convidados a deixar uma mensagem dedicada a alguém muito querido.
Quis com a minha mensagem recordar e homenagear o Povo martirizado da Palestina. Sem dúvida uma catedral muito bela.
Depois fomos à Christ Church Cathedral que deixámos para o fim porque fica mesmo em frente do nosso hotel. Menos sumptuosa, mas também muito bonita, é o mais antigo edifício de pedra de Dublin e ainda oferece uma parte de museu com peças, roupa e um espaço para compras de souvenirs.
Por fim, o Castelo de Dublin, também muito perto do hotel. Para além da galeria de todos os presidentes da Irlanda, logo à entrada uma sala com a cama onde esteve hospitalizado James Connoly. O Castelo, na segunda década do século passado, serviu de Hospital da Cruz Vermelha e os feridos da Revolta da Páscoa de 1916 foram levados para aqui, antes de serem fuzilados pelos britânicos. James Connoly, quando foi transferido daqui para a prisão Kilmainham Gaol, estava de tal forma debilitado devido aos ferimentos que foi amarrado a uma cadeira antes de ser fuzilado, o que causou tal horror que, muitas pessoas que não estavam ganhas para a luta destes patriotas que desejavam a independência, passaram depois daquela desumanidade para o lado dos independentistas. Na mesma sala do castelo de Dublin, numa parede as fotografias dos seis patriotas da Revolta da Páscoa e a fotografia da Proclamação do Governo Provisório da República da Irlanda, assinada por eles.
Dirigimo-nos depois às proximidades do rio Liffey e acabámos por almoçar no mesmo sítio do primeiro dia, festejando o aniversário da Guiomar. Antes ainda, entrámos no Temple Bar para uma última despedida a James Joyce. Foi entrada por saída, porque pouco havia para comer, só para beber.
Assim se fez a breve história destes cinco dias. Muita coisa ficou por ver, mas ficámos com o espírito da cidade e isso é que contou. Quando me perguntam: E foste aos Cliffs of Moher? E a Galway? Não, não. Só deu para ver um pouco de Dublin. Talvez numa próxima vez dê para ir a Dublinia, ao Chester Beatt Museum, à National Gallery of Ireland e ao National Museum of Ireland, a Kilmainham Gaol,ao EPIC, The Irish Emigration Museum, às Docklands, ao Dublin Writers Museum e ao James Joyce Centre, ao Little Museum of Dublin e a Bray ou aos Howth Cliffs ou à Henrietta Street…
Isto só para falar em Dublin que não é uma cidade muito grande. A minha ambição era muito maior quando fiz a lista de coisas a visitar…