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Lendo e escrevendo

Lendo e escrevendo

Em jeito de balanço (2)

31.12.20, Almerinda

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Em jeito de balanço (2)

Estou a ler o 21º livro este ano, mas como ainda não o acabei, este ano li vinte livros, ligeiramente menos do que em anos anteriores. Talvez se não tivéssemos interrompido as sessões mensais do Clube de Leitura da Bertrand do Chiado tivesse lido um pouco mais. Quem sabe?

A maioria são livros que comprei ou que já tinha, requisitados na Biblioteca Municipal, mas também li livros que me haviam sido emprestados e que devolvi, usando os serviços dos CTT, que nunca me falharam, excepto duma vez, mas isso não vem ao caso. Também não era um livro!

Da análise das leituras de 2020, li livros de oito homens, nove mulheres, dez autores portugueses e sete estrangeiros. Repeti Camus, Lídia Jorge e Vergílio Ferreira, tendo lido dois livros de cada um destes autores. Alguns dos livros que li este ano, já tinha lido há muitos anos e percebo como a memória me falha ou como já era muito ténue.

Fora deste grupo dos 20, “Essa Gente” de Chico Buarque ficou parado porque senti-me descontextualizada e perdida. E depois os que vou lendo: “A Escola dos Contra-Grupos” de Maria Gabriela Llansol, Augusto Joaquim et al,  “Homossexualidade e Resistência no Estado Novo” de Raquel Afonso e “Cuidar de quem Cuida” de José Soeiro, Mafalda Araújo e Sofia Figueiredo.

Como não dou estrelas para classificar os livros que leio, mas prefiro escrever sobre eles, ou não, esses registos bastam-me. Há livros que me ficam a matutar muito tempo na cabeça, outros que gostaria que não acabassem nunca, outros que demorei a ler porque me perdi ou porque quis perder-me, outros em que a urgência de chegar ao fim se tornou imperiosa. Nos livros o meu ritmo é muitas vezes como se estivesse num carro a pôr as mudanças. A princípio é sempre mais demorado, mas sobretudo quando chego ao meio, começo a deslizar como se estivesse numa rampa descendente. Destes nenhum ficou sem ser lido até ao fim.

Foram então assim, pela ordem de leitura:

“Autobiografia”, José Luís Peixoto, 2019

“A Mulher que correu atrás do Vento”, João Tordo, 2019

“Beloved”, Toni Morrison, 1987

“A Peste”, Albert Camus, 1947

“História de um Caracol que descobriu a Importância da Lentidão”, Luis Sepulveda, 2014

“A Terceira Mãe”, Julieta Monginho, 2008

“Leva-me Contigo” Afonso Reis Cabral, 2019

“Nocturnos”, Kazuo Ishiguro, 2009

“Humilhação e Glória”, Helena Vasconcelos, 2011

“Pássaros Feridos”, Colleen McCullough, 1977

“Rimbaud, o Viajante e o seu Inferno”, Ana Cristina Silva, 2020

“Lisboa, Chão Sagrado”, Ana Bárbara Pedrosa, 2019

“O Estrangeiro”, Albert Camus, 1942

“Marquesa de Alorna, Querida Leonor”, Luísa Paiva Boléo, 2017

“Conduz o teu Arado sobre os Ossos dos Mortos”, Olga Tokarczuk, 2009

“Os Memoráveis”, Lídia Jorge, 2014

“O Dia dos Prodígios”, Lídia Jorge, 1980

“A Caixa Negra”, Amos Oz, 1987

“Cartas a Sandra”, Vergílio Ferreira, 1996

“Para Sempre”, Vergílio Ferreira, 1983

 

Destes vinte livros, oito foram escritos no século passado, sendo os mais antigos os dois livros de Camus, tendo o livro de Ana Cristina Silva sido o mais recente, publicado em Janeiro de 2020 e que foi o primeiro livro que comprei quando voltei a entrar numa livraria depois do confinamento. 

Posso dizer que fiz um excelente ano de leituras.

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Em jeito de balanço (1)

30.12.20, Almerinda

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Em Fevereiro, este blog fará 2 anos. Surgiu para, conforme diz o nome Lendo e Escrevendo, anotar as minhas apreciações sobre os livros que vou lendo. Habituei-me a escrever sobre o que li, porque sinto que só assim a leitura fica concluída. É um exercício que me agrada, que me ajuda a pensar e a reflectir sobre a leitura que fiz, que me ajuda a organizar pensamento e que me ajuda a recordar, quando mais tarde quiser voltar a um livro. Mas, os posts que aqui publico, por vezes,  extravasam o tema das minhas leituras e aventuro-me a publicar alguns dos meus desenhos ou pinturas. Conseguem ter mais adeptos para os comentários que os escritos. 

Há uns dias o sapo enviou-me a síntese da interacção que o meu blog teve em 2020. Eu sei que tenho poucos seguidores e mesmo desses geralmente só um número ínfimo  costuma comentar. No entanto, ao comparar os dados deste ano com os do ano passado, tenho de ficar satisfeita, porque nalguns items dupliquei. 

Então cá vão eles: 63 posts, 44 reacções, 227 comentários, 7051 visitas e 11467 visualizações. 

 

Para Sempre, Vergílio Ferreira

29.12.20, Almerinda

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Depois de “Cartas a Sandra”, tinha de reler “Para Sempre”, um livro que comprei e li nos anos 80 do século passado. Logo no primeiro capítulo, Paulo a regressar à aldeia natal, referências a Sandra, à montanha e às tias Luísa e Joana.

“Já vieste, Paulinho?

Sim. Para sempre. Aqui estou.”

Chegado à casa vazia, fechada há muito, Paulo vem “tomar posse do seu destino final”. O calor é abrasador e as memórias vão surgindo como fantasmas, à medida que vai abrindo as janelas, as vidraças, as portadas, para deixar sair o mofo e o bafio. As recordações, podem ser fotografias paradas no tempo ou pedaços de filmes, são entrecortadas pelo andar de Paulo pela casa que há que arejar, pela intenção do que tem de fazer – “tenho de…” – num arrastar ao longo daquela tarde escaldante com “a montanha ao fundo, plácida de eternidade”, uma intenção que fica sempre em suspenso.

Os momentos marcantes de toda uma vida do Paulinho, menino triste que se despede da mãe que vai para o asilo e cujas últimas palavras sussurradas ele não consegue recordar. As tias beatas e castradoras, avessas a qualquer desordem, que ficam a tomar conta dele. As aulas de violino com o padre Parente, os ensaios da tuna e as aflições nos dias da apresentação ao público da Ave-Maria de Schubert. A ida para Penalva para a escola secundária e mais tarde para a Universidade. Sandra e a distância de que sempre foi feita a sua relação. O casamento, o anúncio da gravidez, uma filha que nasce e não um filho, o dia em que ficaram sós no dia em que a filha saiu de casa – “Tu é que tiveste a culpa” – a doença e o fim de Sandra. Neste andar entre o presente e o passado, na estranheza entre a velhice e a juventude, Paulo velho confronta-se com o jovem Paulo acabado de sair do liceu de Penalva e a entrar na Universidade, tal como se confrontara com a filha Xana no dia em que o visitou na Biblioteca Geral, pouco antes de se aposentar “Tu não te sentes uma múmia?”

É um livro triste, de um homem só, chegado ao período final da vida, em que o calor sufocante da tarde de Agosto reforça o peso das memórias tristes, mas onde há páginas e momentos com recordações ácidas e hilariantes como os gases do padre Parente, ou os clisteres da tia Luísa que “quanto a intestinos, tinha os seus engarrafamentos”, ou a cena em que, sem comiserações, Paulo se imagina morto no caixão e ouve Deolinda a falar das suas fragilidades “– Coitadinho, para o fim já nem sustinha as águas. E surdo. Muito surdo.”

Um livro maravilhoso, triste, o diálogo de Paulo narrador com o Paulinho criança, o Paulo apaixonado, o Paulo marido e pai, o Paulo homem que cresce e envelhece, o Paulo no regresso às origens. Uma escrita poderosa como a montanha sempre presente,”densa”, “uma grande pedra ao sol”. E a fechar a tarde de calor tórrido “ Agora há só que fechar a do outro quarto que dá para o vale e uma serra longínqua. Toda a face da serra está já na sombra., breves manchas brancas assinalam aldeias de que não sei o nome.”

28 de Dezembro de 2020

Feliz Natal

24.12.20, Almerinda

É hora de vos desejar Boas Festas. Aos e às que me lêem , muitas vezes anónimos mas que por aqui vão deixando comentários. Virtualmente, dentro dum envelope com selo e tudo, por telefone, ao vivo e com máscara, esta quadra vai ser única nas nossas vidas. Para os que perderam alguém querido, para os que continuam bem ou menos mal, com estes postais natalícios envio o desejo que aproveitem o melhor da vida e que sejam felizes. Que a amizade perdure. A luta continua. (Postais de Um Coletivo de Duas)

#20 Florbela Espanca

21.12.20, Almerinda

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Este post é uma republicação. Foi a vigésima colagem com que terminei o projecto que iniciei em finais de 2019 e que começou a ganhar forma à medida que me fui aventurando na técnica das colagens que agradeço à Joana Verdelho, minha amiga e professora de desenho e pintura. O projecto 20 Mulheres em 2020 ficou assim terminado e não pude deixar de postar a colagem de Florbela Espanca, no dia 8 de Dezembro. Hoje volto a publicá-la e assim termino esta "exposição" das 20 mulheres que escolhi, sabendo que muitas ficaram de fora, mas como a vida continua, elas hão-de ir aparecendo, à medida que me for aventurando em tentar retratá-las. 

 

#20 Florbela Espanca

“Bela acabou de se matar. De seguida encosta a cabeça à almofada da cama. Os seus cabelos negros movem-se como as asas de um corvo a levantar voo sobre a cinza eterna de uma fotografia. Não sente que se esteja a deitar. Tem a impressão de estar a ser aconchegada pelas mãos acariciadoras de uma outra que, com o seu odor, lhe assenta sobre a alma com um manto de paz.

O gesto do seu braço a descair sobre as cobertas desprende-se de um corpo que apenas se vai perpetuar na eternidade, imobilizando-se em definitivo nos contornos de um mito. A morte veio ter com ela como uma dádiva que a protege da necessidade de ser a primeira para alguém. Agora já não precisa de ser amada nem tão pouco voltar a interpretar a personagem de uma grande poeta, a sua principal invenção. Desiste dessa busca insaciável, da sôfrega procura de uma alma gémea através dos ténues reflexos que a sua poesia deixa no amor.”

Assim começa o romance “Bela” de Ana Cristina Silva. 8 de Dezembro de 1930, no preciso dia em que faria 36 anos. “Sempre soube que a morte teria asas de condor, luzes tricolores de amanhecer, vozes de violino angelical, seios de uma mãe real. Sonhou com ela desde que nasceu e espreita-a imensamente feliz.”

Esta foi a última colagem da série 20 Mulheres em 2020. É a vigésima, mas hoje teria de ser o dia para a publicar aqui. Para além da imagem mais famosa de Florbela Espanca, escolhi 8 poemas do “Livro de Mágoas”(1919), do “Livro de Soror Saudade” (1923) e de “Charneca em Flor” (1930).

Um muito obrigada a Ana Cristina Silva por dar vida a Bela, através deste belíssimo livro.

 

#19 As Irmãs Mirabal

20.12.20, Almerinda

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#19 As Irmãs Mirabal

Em 1999, quando li “No Tempo das Borboletas” de Julia Alvarez (Bertrand Editora) estava longe de saber que a história das irmãs Mirabal mortas a 25 de Novembro de 1960 estava na origem do dia que assinala aquilo que é a segunda causa de morte em todo o mundo. Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal assim se chamavam as três jovens activistas dominicanas na luta contra a ditadura de Trujillo. Os seus corpos foram encontrados junto ao seu jipe no fundo de uma escarpa de 45 metros de altura na costa norte da República Dominicana, em resultado de um atentado a mando da ditadura, mas oficialmente, a imprensa afecta ao regime noticiou o facto como um acidente.

 As irmãs Mirabal eram conhecidas como Las Mariposas – as Borboletas – e mesmo apesar da falsidade que envolveu a sua morte, elas e a sua luta não foram esquecidas e em 1981, durante o I Encontro Feminista da América Latina e do Caribe, realizado em Bogotá, na Colômbia, o dia 25 de Novembro foi designado como Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, em homenagem a elas.

 Em Março de 1999 a ONU reconheceu a data que passou a ser comemorada em todo o mundo como Dia Internacional pela Eliminação da Violência sobre a Mulher.

Nesta colagem com Las Mariposas, utilizei recortes de um jornal português de 2010 em que as 43 mulheres assassinadas nesse ano não mais são um número, anónimas, mas sim nomeadas. Este ano, até ao dia em que fiz a colagem, 30 mulheres, em Portugal, tinham sido assassinadas. Eram mulheres com filhos e filhas e em alguns destes casos, as crianças estavam presentes quando o crime foi cometido. Estas mulheres deixaram 21 crianças órfãs.

Quem quer descobrir a vacina contra esta pandemia?

 

 

 

#18 Simone de Beauvoir

19.12.20, Almerinda

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#18 Simone de Beauvoir

Este é outro nome incontornável e referência das feministas e dos feminismos.

A partir da reprodução de uma fotografia de Simone na força da idade, usei cópias do prólogo do livro “A Força da Idade” que ela dedica a Jean-Paul Sartre. Começa assim :“Lancei-me numa aventura imprudente, quando comecei a falar de mim: começa-se e nunca mais se acaba.”E termina “ Este relatório apresenta-se, em todo o caso, isento de qualquer preocupação moral. Limito-me a testemunhar o que foi a minha vida. Não me submeti a nenhum preconceito, a não ser de que toda a verdade pode interessar e servir. Para quê e a quem servirá a verdade que tento exprimir nestas páginas? Ignoro-o. Gostaria que o leitor as abordasse com idêntica inocência. “ Primeira nota de rodapé: “Neste livro consenti em omitir; nunca em mentir. Mas é provável que a memória me tenha traído em pequenas coisas; os pequenos erros, que o leitor talvez anote, não comprometerão certamente a verdade do conjunto.”

Gostei tanto de fazer esta colagem. Para o lenço da cabeça de Simone de Beauvoir um pedacinho duma écharpe que ofereci à minha mãe.

 

 

Boas intenções para 2021 - livros

18.12.20, Almerinda

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Ontem, ao ler uma publicação dum blogue que muito aprecio - livros para adiar o fim do mundo - a ideia do frasco com papelinhos com nomes de livros a ler e que se vão tirando à sorte, à medida que se vai lendo, ficou a matutar na minha cabeça e deu frutos. É preciso ler aqueles livros que vão ficando escandalosamente esquecidos nas estantes e preteridos por outros que vão aparecendo nas livrarias.

Parti da minha média de leituras por ano - entre 20 e 25 - e percorri as minhas estantes onde tenho tantos livros ainda não lidos a juntar à pilha de livros emprestados que ainda não devolvi por ainda não ter lido. A essa lista, só acrescentei um livro que comprei hoje e que vai ser a minha prenda de Natal para mim. No fim de fazer a lista percebo que está muito desequilibrada do ponto de vista de género e também do ponto de vista da relação autores portugueses/autores estrangeiros. Mas foi mesmo o que saiu. Daqui a um ano, veremos o que foi lido e o que foi acrescentado.

É uma lista de boas intenções de leituras para 2021. Claro que vai extravasar o 2021, não só porque não sei se os irei ler todos, mas porque duvido que não compre nenhum livro no próximo ano e não vá à Biblioteca municipal requisitar livros. Mas é uma lista com sabor a lista de boas intenções para o ano que aí vem.
Em vez de um frasco, será o meu peace basket que trouxe de Kigali que vou utilizar para pôr os papelinhos dobrados com os nomes dos livros. 

Aqui vai a lista por ordem alfabética de autores:

Abelaira, Augusto – A Cidade das Flores (reler)

Abelaira, Augusto – As Boas Intenções

Abelaira, Augusto –Sem tecto entre Ruínas

Afonso, Raquel – Homossexualidade e Resistência no Estado Novo

Amado, Jorge – O País do Carnaval

Assis, Machado – D. Casmurro

Beauvoir, Simone  de – A Força da Idade

Bulgakov, Mikail – Margarita e o Mestre

Calvino, Italo – O Atalho dos Ninhos de Aranha

Carpinteiro, Margarida – Silêncio na Casa do Barulho

Costa, Daniela – Uma Bomba a iluminar a Noite do Marão

Cunningham, Michael – Ao Cair da Noite

Dean, Michelle – De Língua Afiada Mulheres que fizeram da Opinião uma Arte

Figueiredo, Isabela - Cadernos de Memórias Coloniais

Lawrence, D. H. – Filhos e Amantes

Mãe, Valter Hugo – Homens Imprudentemente Poéticos

Melo, João de – Entre Pássaro e Anjo

Namora, Fernando – Casa da Malta

Pedro, João Ricardo – Um Postal de Detroit

Pepetela – A Geração da Utopia

Pires, José Cardoso – O Hóspede de Job (reler)

Saramago, José – As Pequenas Memórias

Schloss, Eva – A Rapariga de Auschwitz

Sepúlveda, Luis – Palavras em Tempos de Crise

Sepúlveda, Luis – Histórias Daqui e Dali

Tavares, Gonçalo M. – O Torcicologista Excelência

Tordo, João – O Luto de Elias Gro

 

#17 A República

18.12.20, Almerinda

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#17 A República

Nesta colagem que fiz para celebrar o 5 de Outubro, dia da implantação da República, baseei-me numa maravilhosa estampa do Almanach d’O MUNDO de 1910, assinada por Alberto Souza. É a imagem muito bela e muito forte de mulher, como foram as mulheres republicanas que, não só bordaram a primeira bandeira da República, mas se mobilizaram e acreditaram que a República iria trazer igualdade e justiça para as mulheres portuguesas.

O busto da República simboliza essa força, essa esperança num mundo novo que acabasse com os males da monarquia. Novas leis do casamento e da filiação, alteração do tratamento do crime de adultério, lei do divórcio, direito de as mulheres poderem trabalhar na Função Pública são logo as primeiras medidas após a implantação da República. Para a história, ficaram os nomes de Ana de Castro Osório, Carolina Beatriz Ângelo, Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Maria Amália Vaz de Carvalho e muitas outras republicanas anónimas que acreditaram genuinamente na República e que estabeleceram como prioridades para as mulheres portuguesas o direito ao voto e o acesso à educação.

Nesta colagem utilizei uma cronologia entre 1868 e 2009 que permite ter uma perspectiva das conquistas nos direitos das mulheres, alguns dos marcos decisivos e as protagonistas. Um caminho com muitos sobressaltos, mas que muito nos deve orgulhar. 

 

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