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Lendo e escrevendo

Lendo e escrevendo

À descoberta dos Açores (III)

24.05.23, Almerinda
  O sétimo dia nos Açores foi o da ida em semi-rígido ao Corvo, mas antes de embarcarmos fiz uma pequena volta na proximidade do hotel. Chovia um pouco. Flores, melros, outras aves, um gato debaixo da grande árvore junto ao hotel, piscinas naturais. O Francisco e outros trabalhadores da empresa que gere os semi-rígidos levaram-nos até ao cais de embarque. Devidamente equipados com os coletes salva-vidas, lá nos acomodámos nas duas embarcações. Primeiro, a volta junto à costa (...)

À descoberta dos Açores (II)

23.05.23, Almerinda
O quarto dia para descobrir a ilha do Pico foi maravilhoso. Tinha a ideia de que devia ser uma ilha pequena, redonda, dominada pelo vulcão e, afinal, é a segunda ilha maior depois de S. Miguel. Chamam-lhe a ilha cinzenta, certamente devido à predominância do basalto. Começámos pela vinha típica desta ilha, classificada património mundial da UNESCO, plantada em currais com 3 a 4 pés de vinha, passando por um moinho de vento típico, de origem flamenga, pintado de vermelho, a cor (...)

À descoberta dos Açores (I)

22.05.23, Almerinda
“De qual das ilhas gostaste mais?” é uma pergunta clássica quando se vem dos Açores e quase tão clássica como “dos livros que leste este ano, qual o melhor?” Geralmente ou não se responde, ou as adversativas interpõem-se e tornam a resposta uma amálgama vaga e imprecisa. É impossível hierarquizar, porque é tudo muito belo, diverso e esmagador. E tal como nos livros, há aquela passagem, ou aquela personagem especiais que ficam na memória e que tornam o livro (...)

O País debaixo da minha pele, Memórias de Amor e Guerra, 2010

07.05.23, Almerinda
O País debaixo da minha Pele, Gioconda Belli, 2010 Este livro de “memórias de amor e guerra” é um testemunho vibrante de uma mulher – desde a infância até ao ano 2000 – que muito cedo se emancipou, que conheceu “a alegria de abandonar o «eu» para abraçar o «nós»” e que escreveu “estas memórias em defesa dessa felicidade pela qual a vida e até a morte valem a pena”, como escreve na introdução ao livro. Apesar das vicissitudes, é um testemunho de esperança pois (...)

As Coisas que faltam, Rita da Nova

06.04.23, Almerinda
As Coisas que faltam, Rita da Nova, 2023 Fui ao lançamento de “As Coisas que faltam” porque tinha gosto em conhecer pessoalmente a Rita, que apenas conhecia pelo seu blogue. Quando cheguei naquela tarde à acolhedora e para mim nova Livraria Martins em Lisboa, fiquei espantada com a imensa quantidade de jovens numa apresentação de um livro, que ali aguardavam a sua vez para ouvir e conversar com a autora. Percebi então que aqueles jovens eram seguidores da Rita nas várias redes (...)

A Hora do Lobo, César A. Afonso

23.03.23, Almerinda
A Hora do Lobo, César Afonso, 2019 A leitura deste livro resultou de um novo desafio que lancei este ano lectivo na Universidade Sénior do Seixal, de se criar um Círculo de Leitura com a periodicidade mensal, que permita divulgar livros, autores e falar sobre livros e leituras. Um espaço de partilha para quem gosta de ler. Olinda Barreira, uma das frequentadoras do Círculo sugeriu “A Hora do Lobo”, de César Afonso, seu conterrâneo, com quem teremos a possibilidade de conversar (...)

Misericórdia, Lídia Jorge

05.03.23, Almerinda
Misericórdia, Lídia Jorge, 2022 Este é um livro que emociona, que comove profundamente, que nos expõe como humanidade, um daqueles livros sobre que tenho dificuldade e até pudor em escrever, talvez usando pinças para não estragar nada. Comovente, por vezes irónico, crítico, nada piegas. Um hino à dignidade, à resistência, à força de vontade para continuar a viver. Um livro maravilhoso e impossível de esquecer. Maria Alberta Nunes Amado é uma dos setenta residentes no Hotel (...)

4º aniversário

18.02.23, Almerinda
Coube-me a mim lembrar-vos hoje que este blogue nasceu há 4 anos. Chamo-me Rigoberta por sugestão da Esmeralda que me trouxe do Perú, ou terá sido da Guatemala?, há muitos anos. A proposta com a qual a Almerinda logo concordou, quer também lembrar e homenagear a grande Rigoberta Menchú, natural da Guatemala e vencedora em 1992 do Prémio Nobel da Paz pela sua luta em defesa dos povos indígenas. Nos anos anteriores, foram a Vânia e a Concha que aqui vieram neste dia 19 de (...)

Um Dia chegarei a Sagres, Nélida Piñon

12.02.23, Almerinda
“Um Dia chegarei a Sagres”, Nélida Piñon, 2021   Este livro foi-me oferecido pela minha amiga Guilhermina, grande amiga e editora em Portugal de Nélida Piñon, um dos “Amigos e Cúmplices de Lisboa” a quem a autora dedicou este livro. Com tantos livros que vou amontoando e em lista de espera para serem lidos, acabei por iniciar a sua leitura após o anúncio da morte da escritora brasileira de ascendência galega, em finais de 2022. Nélida Piñon foi uma personalidade (...)

A Vida Mágica da Sementinha

30.12.22, Almerinda
A Sementinha É a última sexta-feira do ano. Começo o dia a escrever os postais de Boas Festas, para assim poder riscar uma das tarefas da minha lista de coisas a fazer, antes que 2022 chegue ao fim. A aguarela que a Manuela Rosa fez para os postais deste ano é tão inspiradora e vou buscar também uma frase inspiradora de José Tolentino de Mendonça numa das suas crónicas no «Expresso» com o título “Milagres de todos os dias”. Não posso limitar-me a colocar os envelopes no (...)